9.8.09

Menina moça.

Parado. Com olhos azuis de tamanhos diferentes, dois botões velhos de alguma camisa antiga. Fixados na menina moça, que tinha o esquecido na prateleira do quarto. Parado. Sua pelagem branca encardida de pelúcia que um dia já foi muito macia. Que dormi abraçado na menina quando ainda era menina. Parado. Sua pluma saia de uma das orelhas. Descosturadas em uma das brincadeiras, quando a menina ainda menina o carregava por todos os lados. Parado. Observando, triste, a menina agora moça passava seu batom vermelho. E não se lembrava mais do seu amigo, companheiro, seu antigo brinquedo seu o urso de pelúcia. Um dia prometeu nunca esquecê-lo, mas isso não cumpriu, ele empoeirava pelo esquecimento, e morria a cada dia. Parado. Pois sua vida de criança se perdeu.

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