25.8.09

Para Laura'

Quatro anos, quase cinco anos. Grande amizade, inseparável, por todo esse tempo muita coisa aconteceu e por tudo sobrevivemos, muita dificuldades e muitas alegrias, piadas e risadas. Sempre a mesma escola, a mesma sala de aula, os mesmos amigos... Mas nem tudo é para sempre, agora você saiu da escola e me deixou naquele lugar solitário.
Não te culpo por isso, mas não é a mesma aula sem você e seus comentários. A falta é tremenda e o silêncio profundo. Disse que não vou te perder e espero que não mesmo, não conseguiria passar por esse sofrimento. Amiga, confidente, companheira, irmã, juízo, inconsciente e minha eterna paixão.

Mais que uma cama vazia.

A cama está tão vazia, me perco entre o colchão e a coberta te procurando e não me achando. Desde quando você se foi me sinto sozinha nessa cama tão grandem, sem vocês me roubando o ar ou o travesseiro. Faltam braços, pernas, seu corpo aqui pra dividir minha vida e momentos.
Agora apenas lágrimas me acompanham pela longa noite de tristeza e sofrimento, que encharcam minha roupa de cama. O que não me permite dormir são os pensamentos que me persegue, a culpa que me tortura pelo fato do erro ter sido meu, saber que você não está ali por mim.
O arrependimento nunca me doeu tanto como agora, te perder é pior que a própria morte. Com você perdi um pedaço próprio, todo meu coração e felicidade. Espero que você me perdoe e volte, pois me desespero e me perco dentro dessa solidão.
A nossa mágica acabou por um deslize que nem eu me desculpo, mas eu não posso viver mais assim com essa dor no coração por ser quem magoou. Apenas saiba que nada que eu disse pra você é mentira, você me mostrou a felicidade da paixão e eu só te quero bem, mesmo que não seja comigo perto.

22.8.09

Pensamentos ou loucura?

Inspiração, sim essa é a palavra que necessito agora. Música, sim isso que eu preciso pra inspiração surgi. Bandas novas, isso vou procurar bandas novas. Pronto, mais vinte músicas novas para me inspirar. Que letra linda, me lembrou aquele amigo que viajou e eu não converso com ele faz semanas. Saudade bateu em mim total agora. Lembrei amanhã eu vou ver ele, finalmente não agüento mais ficar longe dele. Hoje tem festa que bom! Macacada reunida, bando de lobas, amigos na comemoração do aniversário da Luana. Eu comprei um presente pra ela, não sei se ela vai gostar, mas espero que ela goste por que eu achei muito massa, bem rock a cara dela.
Estou derretendo, esse clima indefinido dessa cidade me mata. Eu não sei com que roupa eu vou ao show to indecisa em duas bermudas. Minha mãe não confirmou se vai me deixar dormir na casa da minha amiga. Odeio ter catorze anos e não poder fazer nada e seus pais ainda acharem que faço muita coisa que não devia. Só complica mais ainda nossas vidas que já são bem complicadinhas. Minha irmã é uma graça ela tem nove anos e já está falando que é adolescente, engraçado, mas me mata de raiva, pois ela que fazer as mesmas coisas que eu faço.
Então to escrevendo esse bando de coisas, digitando na verdade. Sinceramente eu não sei por que tenho um blogger, acho que é por que eu odeio escrever um diário pelo fato de minha letra ser horrível e minha mão começar a doer na primeira linha sim devem ser por isso. Ai eu escrevo esse monte de coisas sem sentidos só pra jogar meus pensamentos pra fora. Se eu não faço isso eu falo com minha parede, fala a verdade você já fez uma seção de psicologia com sua parede?

Eu acho que sim.

Eu não tenho certeza, mas acho que gosto dele. Não é pelo corpo, cabelo, dinheiro, fama ou dons artísticos. Não sei por que, eu não tenho certeza. Acho que é pelo cheiro dele, não pelo perfume de marca, pelo cheiro natural mesmo estando suado depois de ensaios, pelo seu olhar, não são olhos claros são castanhos mesmo iguais a de um milhão de pessoas do planeta, mesmo assim o olha dele é diferente, até mesmo pela voz, que falha quando fica tímido e briga quando xingo. Deve ser por isso. Ou é o jeito que ele se importa comigo, o modo como ele me chama carinhosamente, a maneira que ele se aproxima e me beija? Não tenho certeza.
Não sabemos quando começou e o que começou, não sabemos o que somos e nem como somos. Não tenho certeza do que eu sinto, de como se chama isso e como estamos agora. Nossa relação é boa. Não quero mudar, só pra ser chamada de namorada? Porquê? Tudo aconteceu, acontece e continua tão normalmente. Não tenho certeza de como vai terminar e nem como isso começou, só sei que está tudo bem e espero que continue assim. Bem, muito bem. Naturalmente, como o tempo quis. Não tenho certeza, mas estar perto dele me faz ficar diferente, beijar sua boca é diferente. Não tenho certeza, acho que estou apaixonada por ele.
Contar os minutos para revê-lo, ver ele toda noite em sonhos, animar com as conversas noturnas, os encontros empolgantes e as palavras cativantes. Não tenho certeza, sei que se isso for amor, que ele venha como for, quando quiser e me leve pra onde estiver. Não tenho certeza de nada, apenas que com você do meu lado minha vida foi reinventada.

21.8.09

All Star'

Nessas últimas semanas, como eu sempre faço observei tudo a minha volta e notei cada detalhe nas coisas, pessoas e objetos. Uma coisa me deixou indignada: O uso do All Star. É aquele tênis que todo pai já teve, aquele mesmo antigo, que antigamente custava o preço de uma chinela, aquele lindo com a ponta branca e a estrelinha atrás. Por muito tempo ele foi símbolo de diferença, modernização, urbano e até mesmo estilo, mas hoje em dia todo mundo usa um. Isso me deixa indignada, eu uso por que eu realmente gosto, acho bonito, amo desenhar na borracha branca [ou encardida de sujeira] e tenho três pelo simples amor, não por que todo mundo ta usando, claro que não. Odeio essas modinhas que roubam uma coisa que todo mundo conhece, mas não é comum e algo pessoal que expressa sua personalidade e estilo. Eles transformaram meu acessório predileto [indispensável no dia a dia] em moda, luxo, prático, bonito e que se pode usar com qualquer roupa, isso todo mundo sabe, mas o que me da raiva mesmo e virar marca de metidinhos, ele já não tem ‘nikes’, ‘reeboks’, e um quilo de marcas famosas caras? Porque roubar o meu querido All Star? Todo mundo usa All Star hoje em dia: descolados com mente própria que não ligam pra essa sociedade hipócrita e só usam por ser [ou ter sido um dia] um tênis barato, simples, legal e fora do padrão, nerds que usam para falarem que são legais e tem personalidade o que na verdade são um bando de decoradores e comedores de matérias e os filinhos de papais e as patricinhas sem mente que só usa por que virou modinha aquele tipo de pessoa que nada importa pra elas apenas o dinheiro, pessoas literalmente sem mente própria.
Então por favor, honre o All Star do seu pé.

15.8.09

Sua pele branca.

Sentada no canto do quarto observando ele deitado na cama. Sua cara de anjo, seu corpo ali tão vulnerável a mim. Seus cabelos bagunçados pela noite passada. Sua pele branca e reluzente na pequena luminosidade do quarto. Sua respiração e a batida do seu coração me envolvem no meio do silêncio.
Seus olhos castanhos despertam de um lindo sono. Quando me ver ali, agora sentada na cama ao seu lado, ele sorri gentilmente e retribuo com um beijo na sua face. Sua voz fraca aproxima de meu ouvido me elogia e diz que me ama.
Ele senta do meu lado e me beija. Voltamos para a cama e ficamos lá nos olhando por horas em um abraço profundo e silencioso. Um amor que não sabemos onde exatamente começou, só sabemos que não queremos terminar.
A noite passa rápido e não percebemos, a luz do sol entra pela janela e toca nossa pele adormecida e calma, sem importa com o tempo nem com nada.

14.8.09

Amor e atração

Dois centímetros, dois segundos, dois corpos, duas almas, duas mentes, duas bocas. Uma respiração, um abraço, um beijo preste a acontecer.
Um beijo depois de outros milhares, mas sem perder a magia e o amor.
Magia que suga a alma, o coração, o perfume, o oxigênio e a paixão.
Perfumes se misturam com a vontade e intensidade do desejo.
Desejo que se mistura em puro gozo e prazer.
O prazer de sentir, tocar e querer.
Querendo cada vez mais.
O amor se tornou atração e destruímos os dois corações.

12.8.09

O ciclo do abraço.

Aquele abraço forte, onde se encosta a cabeça no ombro e fecha os olhos. Está no melhor lugar que poderia estar, nos braços que você tanto ama. Ao fechar os olhos você começa a dormir e sente a mão em seus cabelos te fazendo despertar feliz. Se lembra de onde está, levanta a cabeça e olha, no fundo dos olhos. Aqueles olhos castanhos, que para todos são super comuns, não para você, para você são os mais bonitos.
O que é tudo isso? Isso é o amor [ou algo parecido]. Não precisamos definir, só sabemos que é muito bom. Não sabemos explicar, só sabemos que o que sentimos nos faz sair de órbita. Babamos, sonhamos, pensamos na pessoa o dia todo, agimos com idiotas, pois estamos amando.
Chega o momento mais intenso, quando a pessoa se torna essencial na sua vida, a hora que temos que largar mão de coisas pessoais e pensar no outro, que necessitamos da presença do outro a cada segundo e deixamos de ser individuais e passamos a ser dois.
Mas tudo isso se desgasta percebemos que o que chamamos de amor um dia acabou. Machucamos um ao outro, choramos por semanas, queremos morrer e matar e nunca mais conhecer alguém.
A humanidade nos impede [é natural] recuperamos e voltamos à vida, agora individual, você se sente vazio, mas não quer se envolver e de repente surge alguém incrível de um jeito inexplicável e quando percebe já está envolvido.
Sabemos que nos machucamos no final, mas mesmo assim continuamos amando, cada vez mais. Sempre achamos alguém melhor que o outro, e retornamos ao início de tudo no momento que você percebe que o abraço deste é mais seguro.

Capitalismo alienado.

-Senhor, a empresa esta poluindo de mais, matando milhões de quilômetros de mata atlântica, os empregados reclamam dos salários baixos e a falta de condição de trabalho, os impostos estão atrasados, o capital da empresa está negativo e aquele empréstimo expirou mês passado. Estamos falindo!
-Calma meu jovem só me traz o café.
-Mas senhor... Não tem açúcar.

11.8.09

Vestibular.

Seria apenas uma prova, mas não para quem está preste a fazê-lo. Curso pré-vestibular: maquinas de prova, devoradores de livros, exercícios em série, não são mais humanos muito menos alunos. Decorar ou aprender, passar ou ficar, estudar ou morrer.
Pressão psicologia e sentimental sua, de seus familiares, conhecidos, professores e amigos. Pra que tudo isso? Quinze anos de estudos decididos em um dia. Seu futuro, sua vida, a profissão, a faculdade, o que você sempre quis ou não.
Livros, exercícios, fórmulas, cálculos, datas, nomes, tempo e criatividade. Estudo, capacidade e sorte, Tudo e nada depende de você e outros milhões de fatores. Só você sofre ganha ou perde em relação da tudo e todos.
Alguém me perguntou o que eu quero ser? Alguém me perguntou se faculdade eu quero fazer? Alguém me perguntou se eu quero crescer?

10.8.09

Meus textos simples e pequenos

Não tenho muito a dizer. Prefiro te escrever os textos mais bonitos que já coloquei em um papel. As palavras mais belas que nunca saem de minha boca quando quero pronunciá-las. Por todo esse tempo procuro uma forma de entender seus pensamentos, mas agora entendo que nada se tem a entender. Sua mente é vazia e fútil como uma televisão de alienados que a assiste. Seu coração é superlotado como um ônibus de meio dia. Sua vida é agitada como de um famoso, cheia de bebidas, festas e ciladas.
Enquanto eu sou uma sonhadora que escrevo nesses parágrafos comparações infantis, minha mente lotada de informações prontas para vomitar em você, meu coração romântico procura um príncipe que toca guitarra e minha vida toda dentro desse quarto, sozinha. Vivo feliz escrevendo meus textos simples e pequenos, num mundo fantástico e fantasioso é assim do jeito que eu quero meu futuro eu que invento, imaginação não falta ou mente aberta.

O descuido de um amor

O descuido das minhas mãos.
As pistas não foram deixadas.
Tudo deu errado ou não.
E tudo que eu te pedi foi um beijo.
Só pedi um pouco de amor,
O pouco que pudesse me dar.
E você me fez agir assim.
Rápido de mais.
Sem pensar apenas fiz.
Um erro fatal aconteceu.
Amor que sentia era verdadeiro.
Tudo foi rápido de mais.
Nem sei realmente se te matei,
Ou se você me matou pela falta amor.
Quando te olhei pela ultima vez lágrimas caíram.

O som da liberdade.


Ela olha pra parede que a impede de partir, lembra de sua família que a impede de partir, olhas as fotos de seu namorado que a impede de partir, abraça seu cachorro que a impede de partir, lava seu carro que a impede de partir, liga pros amigos que a impede de partir, cumprimenta os vizinhos que a impede de partir, vai para a faculdade que a impede de partir, passa no trabalho que a impede de partir, chega a sua casa e não pode mais partir. Liga o seu som no volume mais alto, parando de escutar tudo a sua volta, abre uma garrafa de vinho, começa a dançar e lembra que não quer partir, pois estar sozinha e o que ela sempre quis.

9.8.09

Noite após noite.

Gritos, gritos, gritos. A porta se fechou, os gritos se abafaram, mas ainda posso ouvi-los. A cada noite isso vai se repetindo, gritos e xingamentos, noite após noite. Discussão e brigas, todas as noites. Os gritos se repetem, as palavras se repetem, os xingamentos se repetem isso se torna repetitivo de mais e eles dizem que tudo vai acabar. Nunca acaba. De manhã tudo esta bem, porém vem vindo o anoitecer e com o por do sol volta os gritos e as brigas. Nossa maior prece é que o sol não vá embora, que o dia não acabe e que a noite nunca chegue.
Tampo os ouvidos de minha irmã, sua inocente mente não entende o que acontece e a minha também não deveria entender, mas comecei a ver a verdade do que acontece noite após noite. Isso se repete. Grito, xingamentos e discutições. E ao nascer do sol fingem que nada aconteceu, voltamos a ser a família feliz, normal e harmoniosa. Mas a noite prova que não é bem assim como todos vêem. As brigas nunca terão um verdadeiro fim.

Os olhos mais puros.


Seus olhos profundos cruzam com os meus. Sua pele branca parece ser tão macia, preciso tocá-la. Seu tamanho é tão bruto e ao mesmo tampo tão delicado. Sua voz suave e inteligente. Sua mente parece ter tanto a me ensinar, sobre a vida, o amor e todas as formulas de matemática. Apaixonar por alguém de tão pura alma parece ser uma piada para mim que sempre gostou dos caminhos errados, dos caras tatuados e sem futuro, gostar de alguém tão centrado na vida, com todo futuro planejado, um futuro que eu não me encaixo. Sou a menina estranha do primeiro ano, que tira nota vermelha e só estuda no dia da prova, não que saber de faculdade ou formar uma família. Queria tanto que fosse conectado, mas isso é só mais um caso de amor platônico, eu que já sobrevivi a tantos que esse nem vai me afetar. Só seus olhos que me torturam, aqueles olhos penetrantes e tão lindos para um garoto tão velho e puro.

Menina moça.

Parado. Com olhos azuis de tamanhos diferentes, dois botões velhos de alguma camisa antiga. Fixados na menina moça, que tinha o esquecido na prateleira do quarto. Parado. Sua pelagem branca encardida de pelúcia que um dia já foi muito macia. Que dormi abraçado na menina quando ainda era menina. Parado. Sua pluma saia de uma das orelhas. Descosturadas em uma das brincadeiras, quando a menina ainda menina o carregava por todos os lados. Parado. Observando, triste, a menina agora moça passava seu batom vermelho. E não se lembrava mais do seu amigo, companheiro, seu antigo brinquedo seu o urso de pelúcia. Um dia prometeu nunca esquecê-lo, mas isso não cumpriu, ele empoeirava pelo esquecimento, e morria a cada dia. Parado. Pois sua vida de criança se perdeu.

Quem sou eu?

'Quem sou eu' sempre tem esse dilema ‘se nem eu sei quem sou como vou escrever aqui quem sou eu?’ Pois bem, eu sempre escrevo textos gigantes para tentar me descrever e sempre vira uma confusão toda, o atual ficou legal e acho digno de postar aqui.
'Esperando dias felizes e não o príncipe encantado bater a minha porta. Desequilibrada sempre em perigo. Nunca fraca ou inocente. Nem vou te agradar por interesse. Podem me odiar, olhar dos pés a cabeça até mesmo falar bobagens não me importo mais. Dentro de um quarto vazio com pensamentos soltos e incompletos, olhando para o teto pensando no mundo que destruímos. A menina que trocou o salto-auto pelo all-star, o pop alienado pelo rock com sentimentos, a TV pela vida, as lagrimas inocentes pela falta de coração... Parando de ouvir mentiras e sendo irônica com a classe de um sem teto. Meus medos ninguém precisa saber nem meus defeitos. Não vou me elogiar nem me glorificar. Já amei e não fui amada e já machuquei realmente alguém. Só quero desvendar o mundo, passar riscos, sofrer e viver. A felicidade não é coca-cola, a felicidade não tem uma fórmula nem vem embrulhada, apenas se pode alcança-lá. Não sou nerd, mas não sou alienada sou a mente descontrolada e questionadora com pensamentos formados.'
Faltou muita coisa pra dizer sobre mim, não da pra falar tudo em um parágrafo, isso é o principal que eu posso falar de mim. Acho que nem depois que a gente morre a gente realmente tem certeza do que a gente é. Imagina eu que ainda não vivi nem metade da minha vida, complicado entender essa necessidade das pessoas de entender a vida, as pessoas, o mundo, quem somos nós, de onde viemos, pra onde vamos... Deixe a vida acontecer um segundo depois do outro.

7.8.09

Pensamentos.

Sono, acho que é só isso que estou sentindo e pensando agora. Não, eu também estou com dor e é mesmo muita dor, eu estou sentindo dor já faz umas duas semanas e não sei o motivo de tanta dor. Acho que é por causa daquele nosso encontro, deve ter sido por isso, minhas amigas me batendo de brincadeira, eu em altos amaços com ele e fiquei em pé por quase cinco horas, cincos horas em pé, sim é por isso a dor, eu tomei vários remédios e nada de melhorar, acho que é por que eu também estou ficando muito tempo sentada no computador, na sala de aula, estudando, lendo. Ou será que estou ficando velha? Não que absurdo claro que não é por isso estou no pique da minha adolescência, velha, eu?! Que piada. Meu senso de humor fica tão retardado de madrugada, esse é o motivo do sono, eu estou com sono e não quero dormi. Que confusão sono e dor, minha mente só pensa nisso. Não, nele também, não consigo parar de pensar nele, hoje é sexta feira (madrugada de sábado ainda é sexta pra mim) e eu vou ver ele domingo, eu não acredito eu vou ver ele domingo é muita felicidade pra eu conseguir dormir, que bom hoje eu não vou dormir, será que ele vai entra na internet agora de madrugada? Ele tem que entrar eu não falei com ele hoje e sexta é o único dia que posso ficar até mais tarde na internet. Dor, que cadeira mais dura eu tenho que da um jeito nela, ta acabando com minha bunda e minhas costas, comprar uma cadeira melhor lista de coisas que eu tenho que comprar. Ai, eu tenho que comprar um monte de coisas: um teclado pro computador novo, o meu ta uma vergonha todo quebrado. Material escolar, lápis, caneta, etc. meu estojo esta um vazio total não tem praticamente nada. Eu preciso também de juntar dinheiro pra minha guitarra que eu sonho em compra faz séculos. Quero aquele vestido, lindo, que eu vi na loja, aquele roxo que eu nem sei quando eu vou usar, mas eu me apaixonei por ele. Livros, o professor de literatura passou um livro do Fernando Sabino e eu to louca pra começar a ler só que eu nem comprei ainda. Nossa muita coisa pra comprar se eu continuar eu não vou conseguir dormir mesmo hoje. O pior é que eu estou sem dinheiro, estava crendo que minha mãe ia me ajudar esse mês, ela esta sem dinheiro que nem eu. Nossa como eu vou fazer? Lá vai mais uma coisa pra lista, arrumar dinheiro. Acho que é só isso, não vou mais pensar nisso pronto, não vou. Eu tenho que estudar, eu ia estudar hoje e não consegui dormi a tarde toda e agora eu to aqui sem sono e sem estudar, eu não posso me dar mal nessas próximas provas, já me estão enchendo a paciência em relação aos estudos. Sono, dor, estudos, dinheiro e ele são as únicas coisas que eu consigo pensar agora. Não, eu não vou pensar mais pronto, acabou esse post agora, parei de pensar, mais tarde eu volto e faço outro post aqui.

Descrição original.

Tive que modificar a descrição do Blog pro motivos técnicos de 500 caracteres, enfim esse é o texto original:

Matando o mundo vai desenvolvendo.
Não vai me mudar por ordens e leis.
Quero uma mente pra chamar de minha.
Com o som de silêncio perturbando.
A serenidade das guerras.
A vida sem saída de emergência.
Girando em volta das potências.
Esquecendo os sentimentos,
Glorificam os deuses multinacionais.
Não querem viver no conto de fadas.
Pois a abóbora virou fumaça.
A princesa secretaria com MBA.
O príncipe é um mendigo revoltado.
E o vilão o presidente do universo.
Como vamos sobreviver em tanta falta de coração?
Morrer sem emoção de mudar algo.
Sem o abraço quente da paixão.
Vamos viver com culpa de fazer.
E morrer sabendo que nunca fizemos nada.













Foto: Viona Art

O cheiro de mofo.

Em meu quarto amarelo, pelo papel de parede listrado em tons de amarelo e azul com flores claras no rodapé, deprimente ou infantil? Não importa mais. Esse quarto não era pra ser meu, mas eu o possuo agora e é o único lugar seguro, sem riscos, sem críticas ou olhares. Meu cafofo, meu espaço pessoal, minha caverna ou simplesmente quatro paredes. Não demonstra minha personalidade e nem meu eu pessoal, mas eu gosto daqui. É abafado, escuro com um leve cheiro de mofo. Meu lugar de inspiração, com armários cor-de-rosa e ventilador de teto. A chuva não bate na minha janela, por causa do telhado em volta da casa, só assim que abro minha janela quando as gotas caem além do murro, escorem pelo telhado enfim chegam ao ralo. Me apoio na grade, com os pés na bancada de papeis, uma xícara de café e uma música ao fundo de meu computador. Tudo aquilo me conforta e me deixa em paz, nada além de nada, ruídos, barulhos e minha mente virgem consumida pelo mundo.
Com minha calça jeans desbotada, com barra rasgada eu caio no chão, sem poder chorar de dor, por não ter mais cinco anos de idade, abri um sorriso comecei a rir sozinha. Percebi que nada tem a ver comigo, mas tudo bem eu me acostumei com esse modo de viver, não ligo mais se eu quero algo e não sou atendida, se a minha voz não tem diferença no mundo e se o que eu penso não tem importância alguma. me levanto devagar, não me importo com o tempo. Estou dentro do meu mundo, do meu quarto bagunçado, com todos os perigos, mas toda segurança, se algo acontecer que viva minha esperança.