Lembro do ano passado, quando ainda era criança e fazia coisas idiotas, que de vez enquanto ainda faço, mas agora eu cresci, eu sei que cresci. Não foi apenas a minha bunda ou meu peito, eu sei que eu cresci, diminuíram as espinhas, aumentaram as estrias e as preocupações. Agora eu tenho gastrite, sou mais viciada em café, não faço nada sem música, mas eu devo ter crescido em algum ponto positivo, não pode, eu vivi um ano e tanta coisa mudou, mas aonde? Aonde que eu cresci? Alguns centímetros a mais, isso é um fato. Mais nervosismo quando se trata de família e futuro e tranqüilidade quando se trata de provas e sentimentos. É isso! Será que é isso? Sim é isso mesmo, sentimento, antes eu tratava sempre minha vida em segundo lugar e o mundo girava em torno do meu chamado amor, mas hoje também é assim, a maior parte do tempo eu faço meus planos entorno da vida dele, mas isso é amor é companheirismo. Mas onde eu cresci afinal? Eu sei que os relacionamentos têm a ver, mas qual ponto do relacionamento. São seres diferentes, com pontos iguais. Eu mudei sim.
Meu cabelo está mais curto, minha cara mais lisa, meus músculos mais doloridos e sedentários, minha mente mais ligada nos estudos, minha família mais confusa, meus sentimentos mais claros. Eu amo ele mais do que qualquer outro, mas eu cresci não pelo amor ser maior, mas por ser diferente. Meu ciúme mudou, pois a confiança almentou, não o chamo de bebê ou qualquer apelido que se dá para um recém nascido, não o trato como propriedade, tenho minha vida ele tem a dele, respeitamos isso sempre, a liberdade está intacta e o amor coerente, não digo que viverei o resto da minha vida com ele, mas pro enquanto tudo está tão bem, então não vamos mexer.
É do ano passado pra cá eu mudei, eu cresci, eu aprendi a viver, pensando em mim e nos outros, sem acabar com o amor por motivos bobos, isso pode se chamar de crescimento, ou desenvolvimento.
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