22.10.09

O sangue ralo.

A raiva corrida, que não pára de consumir, matando por dentro, com medo de que um dia não sobreviva ao mundo e ter que parar de se mover tão rapidamente. Como todos os dias, sem tempo para respirar, ouvir, pensar. Correndo o sangue ralo por falta de descanso, com olhos fundos e arroxeados o sono atrasado de anos e anos de uma vida corrida.
A casa abandonada pelos dias, a porta se movimenta, o cheiro de mofo assume seu lugar, a poeira acumulada enfeita os móveis. As cortinas nunca são abertas, a geladeira com comida apodrecida. O vento já cansou de bater nas janelas e chamar o dono, pois nunca tem ninguém ali.
O relógio desperta e a máquina se levanta para mais um dia de correria, mesmo cansado, não assume seu sono, pois o mundo não importa com a fraqueza, para todos é apenas uma fonte de força, assim por mais anos e anos continuam queimando seus neurônios e envelhecendo seus corpos.

19.10.09

O livre arbítrio entre meus dedos e pensamentos.

Dizem que eu me exponho de mais, mas o que mais posso fazer se só consigo falar o que eu sinto, sobre mim, sobre o que acontece por perto e mesmo assim muito mal por sinal.
O pior e que sempre que eu quero dizer algo importante, sentimental, para alguém muito especial eu não consigo. Eu não sei o que fazer, eu só posso olhar e esperar que a pessoa perceba o que eu tenho por dentro, o que não consigo dizer e mal expressar.
Peço desculpa pelos momentos que fiquei em silêncio, mas veja que o que sinto não tem como colocar em palavras e é nos seus braços que eu passo a energia mais linda do mundo (o sentimento verdadeiro, longe das magoas do mundo sem alma), sem ver os dois lados de vida, apenas aquele que a deixa mais bonita (você tão perto de mim).
Será por isso que eu me exponho tanto?! Por não saber o que dizer apenas jogar minhas palavras ao além e no final ver o que acontece. Por estar sem ninguém pra me guiar, sem uma rédea e um cabresto, por ter um livre arbítrio entre meus dedos e pensamentos.
Você me falou, assumiu, prometeu e me aconselhou que nada acontece por acaso (temos que lutar para chegarmos), que o mundo é um ralo, que a vida é passageira (não devemos confiar em uma próxima tão desconhecida), devo agir pensando em mim sem machucar quem me ama e matando quem me faz tão mal (ou simplesmente sendo indiferente) você também me ensinou a sentir apenas o que é verdadeiro (o amor e o ódio) e a ser eu mesma (fechando os ouvidos para opiniões indesejáveis).
Não consigo me arrepender, por estar a um mês tão unida a você. Tentei não me expor tanto, mas não consigo, não tenho culpa se hoje eu só relembro os momentos lindos que tive perto de você e imagino os tantos outros que ainda vou ter (você me faz mais feliz).
Então eu não consegui, me exponho de mais e todos que estão ao meu lado, desculpa meu grande amor que tudo me ensinou.

8.10.09

Preciosa história de amor...

[Esse é um e-mail que está circulando, com uma linda e emocionante história, só estou continuando o ciclo]
A moça desta foto se chama Katie Kirkpatrick, e tem 21 anos. Ao lado dela está seu noivo Nick de 23 anos.. A foto foi tirada pouco antes da cerimônia de casamento dos dois, realizada em 11 de janeiro de 2005, nos EUA. Katie tem câncer em estado terminal e passa horas por dia recebendo medicação. Na foto Nick aguarda o término de mais uma de suas sessões. Apesar de sentir muita dor, de vários órgãos esteram apresentando falências e de ter que recorrer à morfina, Katie levou adiante o casamento e fez questão de cuidar de todos os detalhes. O vestido teve que ser ajustado várias vezes, pois Katie perde peso todos os dias devido ao câncer. Um acessório inusitado na festa foi o tubo de oxigênio usado por Katie. Ele acompanhou a noiva em toda a cerimônia e na festa também. O outro casal da foto são os pais de Nick, emocionados com o casamento do filho com a mulher que ele foi namorado desde a adolescência. Katie, sentada em uma cadeira de rodas e com o tubo de oxigênio, escutando o marido e os amigos cantando para ela. No meio da festa, Katie pára para descansar um pouco. A dor a impede de ficar em pé por muito tempo. Katie morreu 5 dias depois do casamento. Ver uma mulher tão debilitada vestida de noiva e com um sorriso nos lábios nos faz pensar...a felicidade sempre está ao alcance, dure enquanto dure, por isso devemos deixar de complicar nossas vidas...

5.10.09

'Você fica estranha'

Não dá pra explicar o que eu sinto, é uma coisa tão estranha e tão cotidiana que eu já me acostumei, mas esse é o problema eu me acostumei a sentir assim, ele não. Essa tristeza momentânea, onde mesmo tendo tudo fico me sentindo tão vazia, mesmo no mundo dos sonhos eu quero fugir e chorar. Só peço para não me julgar e nem tentar me entender, não aconteceu nada eu só me sinto assim. Ninguém fez nada para eu estar ‘triste’ ou coisa parecida, ao contrario todos são maravilhosos e minha vida não podia está melhor. Tenho tudo que quero, mas me sinto vazia, sozinha, sem nada, com uma angustia. Eu só queria que as pessoas por um dia sentissem isso que sinto, não é algo ruim que você tem vontade de se matar, não é uma depressão, é uma simples e complicada vontade, é não saber e ser consciente de onde está indo e aonde vai chegar. Não acho que eu seja a única que sente isso, mas eu deixo isso facilmente me afetar, pelo medo de chorar, machucar, perder, magoar, pelo pavor das pessoas e das palavras soltas pelo ar. Só queria que ele entendesse que pra mim isso é normal, meus sentimentos são confusos e ainda estou tentando organizá-los, no meu bagunçado arquivo sentimental. O 'problema' não é ele, nem é o mundo, não sou eu, é só algo que não quero entender.