22.9.09

Gritantes desesperados calados.

No meu mundo fantástico todos eram pálidos e perfeitamente corretos. Nada acontecia errado, ninguém comia sem garfo ou guardanapos. A mentira era crime e o crime era fatal. Todos se conheciam e se davam bem, até a minha mente rever fotos de como na verdade o mundo é.
Eu fui a revolução, a queima de sutiãs, as passeatas e cartazes, os jovens mortos e gritantes desesperados. Poderia ter sido mais se algo não tivesse me sufocado, se as mortes não tivessem sido esquecidas e a mídia entupida de propina.
Esperança, não é mais falada. A revolução está apenas em livros de histórias. Todo o sangue foi seco e limpo com alvejante. E o fogo de indignação foi apagado pelos seriados de romance e os filmes pastelões.
Nunca podemos reclamar, mesmo nada sendo ideal, do que adiantaria se no final tudo fica sempre igual.

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