29.11.09

38º texto.

Hoje eu acordei com vontade escrever, só não sabia o quê. Pensei em mandar um depoimento para todos meus amigos, mas eu acabo sendo chata por escrever compulsivamente e também o que eu iria escrever nesses depoimentos? Que eu realmente amo eles, que eles são especiais, essenciais e tudo pra mim? É pode até ser, mas eu sempre mando isso, depois deles terem feito algo importante pra mim ou pelo simples fato de dar aquela luz e você querer mostrar para o mundo o que sente. Hoje não, hoje eu não estou com essa luz, é outro tipo de sentimento que estou sentindo agora. É aquela vontade de inventar milhões de coisas para fazer só pelo medo de ficar parada, medo de sentir o tédio entre meus dedos e o vento frio do silêncio em meus cabelos úmido.
Esse é o ponto do texto em que me chamam de louca, que se perguntam ‘porque alguém escreve sobre isso? Porque eu estou lendo isso?’. Eu sei é insano escrever coisas que não se compartilham nem com o próprio reflexo no espelho, mas eu não me sinto forte o bastante para abafar esse sentimento, pois ainda não achei nada no mundo que me deixe tão pura, aliviada e livre do que escrever o que estou sentindo. Apenas vomitar encima do teclado todas as confusões da minha mente. Não me importo com quem vai ler (que leiam) que me chamem de louca, infantil ou fútil, não me importa. Hoje não me importo com absolutamente nada.
Hoje eu acordei com a vontade estranha de andar descalço, prender meu cabelo, ouvir legião urbana, ligar a televisão o computador e o som, me enrolar no edredom, sentar na frente do teclado, com minha agradável xícara de café e escrever, simplesmente escrever, digitar palavras seguidas, formando frases e textos. E é assim que estou, esperando o tempo passar, me esquecendo dos problemas. Hoje eu não me importo com nada, tanto que não vou reler esse texto (hoje não, quem sabe amanhã) vou apenas postar, com todos os meus erros e falta de lógica, não me importa quantos comentários vão receber, por que hoje é meu dia de paz.

24.11.09

A bomba.

Um abismo. Eu empurrando uma pedra em direção ao abismo e pessoas passando embaixo desse abismo. Isso é minha vida, paciência, a minha capacidade de suportar as pessoas. Cada vez que uma pessoa passa em baixo do abismo e me irrita, faz alguma brincadeira que eu não gosto ou me atrapalha emocionalmente eu empurro um pouco a pedra.
O problema não é empurrar a pedra, o problema é que sempre quando só falta um toque pra pedra cair vem alguém, cujo eu nunca iria joga a pedra e me faz algo, algo pequeno, que nunca iria me atingir e atingir tanto a pessoa. E quando eu dou esse toque a pedra cai na pessoa e eu ‘desconto’ todos os outros problemas que eu passei e tive anteriormente na pessoa que tão pouco fez.
Isso não é justo, eu sei, mas não posso fazer nada, sou assim e essa é a melhor analogia que eu poderia fazer. A pessoa atingida não entende o que ela fez, mas ela não fez nada. Só queria que todos entendessem que a vida não é um conto de fadas e que quando a bomba explode pode ser por uma simples falhas acumuladas.

16.11.09

O poder do conhecimento.

Deram para o garoto uma arma, mas não ensinaram ele a atirar. Sem ver utilidade para aquele objeto de metal, ele o transformou em um peso de porta. Assim quando o vento forte vinha a porta não batia.
A família do garoto recebeu um visitante, que vinha de algum lugar distante, um viajante que conhecia muitos lugares e batalhas. Ao ver o tal peso de porta ele o pediu para a família. O menino se revoltou, pois o presente era dele. Então o visitante não ficou com a arma e sim deu aulas para o garoto.
Em uma semana o garoto era o rei do tiro na região e ele andava pra todo lado com a arma na cintura, o temor das criançinha e das pobres mães. Uma arma na mão de um garoto sem juízo e sem perdão.
Foi então que um cobrador bateu na porta da família, dizendo que esta tinha uma grande divída, tinham apenas três dias para deixar a propriedade, que estava sendo tomada por aquela chamada autoridade.
O garoto ouviu toda conversa de dentro do seu quarto, saiu com a arma apontada para o senhor de terno. A mãe gritava desesperadamente 'tenha piedade meu filho', mas o garoto já tinha perdido seu coração quando descobriu o poder armamentista que tinha em suas mãos.
No meio dos gritos e pedidos de calma só se ouviu três tiros, um para senhor de terno, um para mãe e um pra dentro de sua boca. Dizem que o garoto se matou de tanta vergonha, por temer algo maior, o julgamento das pessoas estranhas.

15.11.09

Só pra desabafar

Casaizinhos felizes, ânsia de vomito. Como estou mal amada hoje. Tenho um namorado ótimo, mas esses casais falsos me irritam e me dá muita dor de cabeça, sim é o segundo texto hoje que eu escrevo sobre isso, mas é por que ta me matando.
A verdade pra mim é essencial num relacionamento, se não tem isso termina logo, para com a palhaçada por que meu circo está fechando. Não finja que não sabe, não finja que está dando certo. Ou você ama e não trai, ou você não ama, larga e continua na sua vida de pegador feliz.
‘Mais amor, por favor’ essa é uma arte urbana que eu amo, mas se fosse pra mim elaborar uma frase seria ‘Menos falsidade, por favor’ Não, não é a mesma coisa. Parei por hoje, já gastei muita massa cinzenta com essa ilusão toda.

O amor é uma história que eu já cansei de ouvir.

Se ele não deu valor foda-se, não me importo mais com que as pessoas pensam muito menos o que ele pensa. Na verdade eu me importo, me importo muito mesmo, tanto que ainda ouço suas palavras na minha cabeça como um fantasma vagando em meus ouvidos. Aquelas palavras de julgamento, que me crucificava a cada fim de frase, as lágrimas nem era pela humilhação era pelas palavras que entravam como farpas no meu coração.
Mas não vai ser mais assim, levanto minha cabeça e abano a poeira. Não vou aceitar mais isso, homens são sempre assim te dão amor, que eu chamo de prazer, nos fazer rir de piadas e momentos sem graças e sempre que podem acabam com nossa auto-estima, nos joga no chão, acaba com todo nosso amor, ou não, nos fazem chorar por dias enquanto ele nem lembram mais o que fomos pra eles. Ficamos deprimidas, tomamos remédios, nossas amigas fazem de tudo pra mostrar que isso não adianta, mas não nos esquecemos de você, homens.
Homens que leva um pedaço de nossas almas e corações em cada relacionamento acabado, em cada adeus e briga. Somos destruídas e necrosadas por amores que não valeram e nunca vão valer à pena, mas continuamos acreditando nesse tal de amor platônico e filosófico. Não aprendemos nunca, não basta só um cafajeste, temos que continuar insistindo até acharmos o chamado príncipe encantado o qual morremos procurando, por nunca achar nos relacionamos com os plebeus mesmo alguns cafajestes ao extremo e outros toleráveis que nos acostumamos e vivemos quase felizes para sempre.
Até que na morte nos reencontre com todos os homens de nossas vidas.

Ironia mundial

O mundo é uma ironia, com ou sem graça, com graça pra quem tem uma visão ironia e sem graça para os ingênuos do mundo. Ingenuidade outra ironia do mundo, você acredita mesmo que ela não sabe que é corna, que ela não sabe que ele está com ela só por que quer um pouco de prazer e uma companhia social para mostrar a todos que agora é um bom rapaz é está namorando, você é tão ingênuo em acreditar que ela não sabe de tudo isso? Se sim, você ainda acredita no amor e no coração puro das pessoas. Eu não acredito, ela realmente sabe que é corna e aceita, ainda o chama de namorado perfeito, o homem de sua vida, mas no final ela apenas quer é um pouco de prazer e uma companhia social para dizer a todas as amigas que está namorando.
Irônico? Não são eles os irônicos, é o mundo a natureza humana de sempre achar que está enganando o outro, quando não sabe e que o outro está te enganando da mesma maneira. Mas quem sabe eu que seja a culpada? Que maldade, pensar isso tudo da garota frágil e inocente que não sabe que todos os dias que ele sai sem ela, ele quebra sua fidelidade, fidelidade que ele nunca teve. Ele o mau caráter que só está abusando da inocência da garota que sente um amor forte e verdadeiro, o qual ele também diz que sente, mas o fato de ser homem o faz ter desejos insaciáveis por outras mulheres e inocentemente o fazele quebrar sua fidelidade.
Que utopia irônica essa minha. Tire você sua conclusão, mas não esqueça no momento que respiramos nesse mundo a ironia entra em nosso sangue e impregna na nossa mente, inocente é aquele que nunca saiu de uma caixa, o que não temos nesse caso.

Família o refrigerante enlatado

Quando você nasce você absorve, utiliza, suga todo o conteúdo que ela tem pra te oferecer, com suas curiosidades e perguntas. Quando chega adolescência, aquilo acabou não sacia suas vontades, você não vê mais utilidade nem necessidade de ter aquilo tudo então você destrói amassa e rasga. Até que você lembra que aquilo é necessário e que sem aquilo o mundo está perdido, e você constrói uma nova, da sua maneira e com suas idéias. Assim pode se definir a vida em relação ao que chamamos de família.
Quando criança ela é tudo pra você, quando adolescente ela é sua contradição e vem às brigas por idéias contrarias, mas ai você amadurece e enxerga a importância da família e constrói a sua própria com um acompanhante e gera filhos e ai recomeça o ciclo familiar. Porém tem uma analogia curiosa e bem semelhante com uma lata de refrigerante, pode achar falta de respeito comparar família, uma coisa tão tradicional, com uma mera latinha, mas reparem.
Você compra um refrigerante [você acabou de nascer] aquilo é “novo” pra você, então você utiliza todo seu conteúdo para saciar sua vontade e paladar. Quando acaba o refrigerante e fica apenas a lata [chegou à adolescência] você não vê mais utilidade, e que procurar um universo novo, pra diversão você amassa a lata e quando está preste a jogá-la no lixo, você lembra que é reciclável aquele material [aqui estamos adultos] e você manda pra reciclagem e cria uma nova lata, com um novo conteúdo que agora seus filhos vão tomar.
Analogia na hora do almoço de sexta feira, feita por uma viajem na imaginação, mas se repararem bem é lógico e racional. Sendo totalmente irônico: "a família é uma lata de refrigerante, mas recicle ela para esse amor nunca acabar".

8.11.09

Algumas últimas palvras.

Ele ligou. Ontem e hoje insistindo para falar comigo ligou aqui em casa, justo nas horas que eu não estava. Não foi de propósito, pois eu realmente queria falar com ele, não por estar com saudade ou muito menos por ainda amá-lo, mas por dizer tudo que há muito tempo está aqui entalado na minha garganta. Por muito tempo, por quase dois anos e meio. Eu não suporto mais pensar na cara dele, na sua voz de falso inocente com seu discurso bem ensaiado.
Por que ele insiste nessa farsa de amor que só existe na cabeça dele, se eu já disse que não sinto mais nada e que não quero mais visitá-lo. Por quê?
Esqueça de mim, esqueça que um dia fui algo pra você, pare de me ligar, de tentar me achar. Eu estou correndo desesperada me afastando de você e de todas as lágrimas que você me traz.
A tristeza e a magoa que ainda carrego no meu peito, cheio de anseio por um dia ter dito que te amava, ainda estão aqui me corroendo e me matando por dentro. O ódio e a raiva compartilham esse mesmo espaço do meu coração, que não vai te dar o tão esperado perdão e nem voltar atrás nas últimas palavras: ‘Nunca mais’.

6.11.09

Nossas criaturas

Em um mundo de seis bilhões de pessoas, um adolescente não é nada. Para estes serem notados, agem da maneira errada, a mais irracional e fútil, com violência e ignorância.
Seus pais, que deveriam ser autoridades e educadores, são apenas seres figurados, que compram seus bens e servem apenas para pagar seus pequenos e grandes luxos, mas quando a polícia faz algo e esses criminosos são presos, seus pais também servem para pagar a fiança e sempre defendê-los.
Quem são essas criaturas? São jovens que têm e sempre tiveram tudo e muito mais do que precisam para viver, são adolescente que a sociedade fez, sem princípios, limites ou medos de punições e castigos. Sua forma de vida? Sair com seus carros, com seu bando de amigos igualmente sem juízo, ir a festas e bares, beber tudo que encontrarem e seus cartões de créditos pagarem, para depois saírem batendo, matando e violentando trabalhadores, empregadas, índios e idosos, que levam uma vida digna e difícil, que nunca tiveram acesso aos prazeres da vida do ‘playboyzinho’.
Culpam as escolas os professores, a polícia o governo, os pais e as companhias, mas a culpa e da nossa sociedade sem princípios, sentimentos, que aceita o comportamento desumano, que se preocupa apenas com o material e com o econômico, onde só há preconceito e pessoas que acham a violência com o outro uma diversão.
Não procurem explicações, nem tente mudar, todos já aceitam mesmo, é apenas a ignorância humana dominando e acabando com as gerações e o futuro.